A candidata disse ser diferente o "político evangélico" do "evangélico político". Argumentou que o primeiro instrumentaliza sua fé e a dos outros politicamente, enquanto o segundo guia suas ações por valores, se colocando na segunda categoria. "As pessoas que votam em mim não votam porque eu sou evangélica, mas porque acham que tenho as melhores propostas para o Brasil."
Ela ressaltou os valores do Estado Laico e a importância de preservar a diversidade da sociedade brasileira, colocando valores acima da religião. "O Estado laico é uma conquista da sociedade brasileira, bom para quem crê e para quem não crê", defendeu.
Marina falou do seu histórico político recente, da candidatura em 2010 à morte trágica de Eduardo Campos que a colocou na disputa neste ano. Ela elogiou o antigo parceiro de chapa e lembrou o sofrimento da família dele.
A candidata ressaltou estar passando por uma campanha dura, mas que não responderá com as mesmas táticas dos adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Ela afirmou não poder exigir dos dois os mesmos valores, mas que como cristã não pode esquecer que são seus irmãos.
"Melhor uma mão cheia de descanso que duas mãos cheias de trabalho e aflição para o espírito", disse Marina em referência a um versículo bíblico. Ela relacionou os adversários à situação das duas mãos "cheias de mentiras" que afligem o espírito e disse que pretende continuar com uma mão cheia de descanso. Repetiu seu bordão que prefere "perder ganhando", ou seja, perder as eleições sem recorrer a estratégias antiéticas a vencer com mentiras.
Finalizou o discurso pedindo novamente aos pastores para que orassem para que as eleições seguissem a "vontade de Deus" e chamando os presentes a lerem seu programa de governo e a discutirem entre si como cidadãos..