Com frases e cartazes que diziam que os direitos trabalhistas, como o 13º salário, as férias e horas extras, não podem ser extintos, os sindicalistas acusavam os candidatos de oposição à presidente de propor o fim de direitos estabelecidos pela CLT.
Apesar de nem Marina Silva (PSB) nem Aécio Neves (PSDB) terem dito publicamente que pretendem mexer em direitos trabalhistas, a campanha da presidente Dilma tem reforçado que eles são uma ameaça aos trabalhadores. O presidente da CUT, Vagner Freitas, um dos organizadores do ato de hoje, disse que há razões para acreditar que ambos ameaçam os direitos trabalhistas.
Vagner lembrou que Aécio era presidente da Câmara em 2001 quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) propôs alterações no artigo 618 da CLT, permitindo que acordos prevalecessem sobre a legislação. O projeto passou na Câmara, empacou no Senado e terminou arquivado em 2003. "Nós da CUT somos favoráveis à negociação, mas não assim, sem nenhum amparo jurídico e legal. Quando estou afirmando que, se Aécio for eleito, ele vai atentar contra os direitos fundamentais da classe trabalhadora, inclusive férias e 13º, pega o 618, estava contido lá", disse.
O sindicalista disse ainda que Marina também é uma ameaça, pois hoje ela está assessorada pelos mesmos economistas que estavam no governo tucano, referindo-se a Eduardo Gianetti e André Lara Resende. "São os idealizadores econômicos do famigerado programa da Marina. Não estou contando mentira, estou contando história", afirmou.
Padilha, que aproveitou o ato para tentar colar sua imagem à de Dilma, disse concordar com o temor dos trabalhadores em relação aos adversários da presidente.