O episódio causou grande mal-estar com a cúpula do PMDB e o vice-presidente, Michel Temer, classificou o episódio como "inaceitável", exigindo providências do governo. "Faço absoluta questão desta investigação", declarou a presidente, esquivando-se de emitir qualquer juízo de valor sobre o que aconteceu. Questionada sobre se preferia agir com "cautela" em relação a este episódio, a presidente disse que não podia prejulgar. "Se eu disser o que eu penso, eu estaria prejulgando", desabafou Dilma, em tom crítico, mas sem atacar a polícia diretamente.
Lembrada de que a denúncia de existência de grandes quantias com o candidato peemedebista era anônima, Dilma declarou que "nem toda denúncia é tão anônima", avisando que o governo vai investigar, inclusive, "quem é o denunciador anônimo".
Ao destacar que órgãos públicos não podem ser usados em proveito próprio, Dilma declarou que a Polícia Federal não é independente, já que não existem órgãos federais independentes. "O que a PF tem é autonomia para investigar. Autonomia não significa autonomia para cometer coisas incorretas. Autonomia significa autonomia para investigar", disse a presidente ao avisar que nada pode ser feito "ao arrepio da lei".
Ela explicou que não estava acusando a PF de ter agido assim, porque a investigação está em curso, mas avisou que tudo tem de ser feito dentro da legalidade porque "senão cria ente fora do controle". As primeiras informações são de que não havia mandado judicial para a busca aos bens do candidato-senador. Dilma reconheceu, no entanto, que "qualquer órgão integrado por pessoas pode cometer equívocos, pode cometer erros", mas evitou acusar a PF de ter cometido erros..