O Plano de Educação Ambiental para Resíduos Sólidos vai incorporar políticas do programa “Lixo Zero”, da Prefeitura do Rio. Técnicos estiveram na capital fluminense para conhecer os resultados do programa e o secretário paulistano de Serviços, Simão Pedro, atualmente costura um acordo de cooperação com a cidade de Bruxelas, na Bélgica, que está implementando política parecida. Os detalhes do plano ainda estão sendo fechados pela secretaria e serão apresentados ao prefeito nas próximas semanas. A expectativa da Prefeitura é de começar o programa ainda neste semestre.
O prefeito, entretanto, já havia manifestado no ano passado o interesse de intensificar a fiscalização de “atitudes de uma minoria de cidadãos que descartam lixo nas ruas”, como explica Simão Pedro, por meio de nota. Por isso, ele havia nomeado uma comissão para estudar e propor mudanças na legislação sobre resíduos sólidos. A avaliação, entretanto, é que não será preciso enviar nenhum projeto ao Legislativo.
A fiscalização do descarte irregular e do lixo na rua é a última etapa de um novo tripé da política municipal para o tratamento do lixo, acompanhada de uma campanha educativa - “Eu jogo limpo com São Paulo”, bancada pelas empresas que fazem a coleta - e da retomada dos investimentos em coleta seletiva. No entanto, as multas não serão usadas para induzir as pessoas a separar o lixo reciclável. “Não há previsão de multar o munícipe que não faça a separação e sim, por ora, políticas de conscientização e educação para que os mesmos possam usufruir do serviço e colaborar”, afirma o secretário, por nota.
Na última semana, a Prefeitura incluiu sete bairros da zona sul da cidade - Jardim São Luís, Cidade Dutra, Grajaú, Socorro, Campo Limpo, Capão Redondo e Cidade Ademar - além de Ermelino Matarazzo e Ponte Rasa, na zona leste, e Tucuruvi, na zona norte, na listagem de bairros que têm coleta seletiva.
O crescimento da coleta seletiva está relacionado à instalação de novas usinas mecanizadas de triagem. Duas já foram colocadas em operação neste ano, em Santo Amaro (zona sul) e Ponte Pequena (no centro), ao custo de R$ 150 milhões cada. Sozinhas, elas já têm capacidade de processar mais lixo reciclável do que a cidade separa. Mais duas usinas devem ser instaladas para atender toda a cidade. “Até 2016, todos os distritos terão coleta seletiva universalizada”, garante o secretário Simão Pedro, em nota. “Além disso, a atual gestão está ampliando a rede de Ecopontos. Em 2012, eram 51.