Sabbatini rebateu críticas feitas anteriormente no evento pelo empresário Wilson Brumer, representante de Aécio Neves (PSDB), que afirmou que o PT tem um projeto de poder, não de Estado, e que a indústria está "destruída" no Brasil. O economista garantiu que o PT tem um projeto de Estado, mas concordou que a indústria "está morrendo". "Concordo plenamente que a indústria está morrendo, falo isso há 20 anos", disse. Ele ressaltou, porém, que isso é um problema estrutural, criado pela abertura da economia brasileira. "Não depende de nós mais", afirmou. "Depois de abrir, não dá para fechar a economia."
Segundo ele, uma das principais contribuições do governo do PT foi mostrar que é possível aumentar a renda da população mais pobre sem prejudicar a classe "mais abastada". O economista reconheceu que existem problemas, mas frisou que o partido tem propostas.
Sabbatini reconheceu que o câmbio no Brasil é "flutuante com intervenção, como é em nove entre dez países do mundo". "Nada atrapalha mais o empresário do que a instabilidade. A intervenção serve para isso, para amortecer especulações", afirmou. Ele ressaltou ainda a necessidade de retomar o crescimento e afirmou que o governo vai manter o esforço para fazer com que bancos públicos mantenham apoio ao setor produtivo por meio do crédito. Durante o evento, os representantes dos presidenciáveis foram questionados pelos empresários presentes sobre temas como número de ministérios, política externa, corrupção e inflação..