O Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizou ação civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito da cidade de Piacatu, Nelson Bonfim (PTB), o ex-prefeito Euclasio Garrutti (DEM), um servidor público municipal e outras 16 pessoas ligadas a empresas do Grupo Scamatti. Todos são acusados de fraudes em licitações da cidade, entre 2008 e 2012.
"A rigor, os procedimentos licitatórios buscavam tão somente aparentar uma fictícia competição, quando, na verdade, os ‘vencedores’ já estavam previamente escolhidos pela organização criminosa, que contava com a conivência dos agentes políticos", diz a ação.
O MP pede a condenação de todos os agentes públicos, empresários e empresas ao ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres municipais, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público ou dele receber benefícios. Os promotores também pedem que sejam declarados nulos as licitações e contratos decorrentes da fraude, além da dissolução de todas as empresas envolvidas no esquema, descoberto na Operação Fratelli, em 2012.
Defesa
O prefeito de Piacatu foi procurado pela reportagem, mas a Prefeitura informou que apenas uma pessoa poderia falar sobre o assunto, e ela não estaria acessível nesta segunda-feira, 29. O Grupo Scamatti foi contatado, mas ainda não respondeu.
O ex-prefeito Euclasio Garrutti (DEM) informou que a obra investigada, relacionada a seu mandato, é de qualidade. "Eu fiz as obras, no melhor preço que tinha na época. Ela está intacta, inteira", disse. "Nós vamos agora fazer a nossa defesa, estamos tranquilos."