"Sua narrativa anti LGBT causou espanto, pois assume, com linguagem agressiva, os valores mais atrasados sobre sexualidade humana e cidadania, ao mesmo tempo em que explicita a todos sua profunda ignorância sobre o assunto", diz o texto.
Ontem, a questão sobre os direitos da população LGBT voltou ao centro de debate após uma declaração do candidato nanico. Questionado sobre a violência contra homossexuais, ele respondeu que casais do mesmo sexo não se reproduzem e disse que vai "enfrentar essa minoria". Na ocasião, a candidata do PSB não reagiu aos comentários de Fidelix.
"Posturas como essa, ecoadas por pessoas públicas, somente reforçam o preconceito que vitimiza milhões de pessoas no País", reforça a nota da Rede. Segundo a futura sigla, o candidato fez "apologia" a ações criminosas contra a população LGBT.
Coube ao futuro partido de Marina defender o plano de governo da candidata para o segmento. Segundo a Rede, a candidata pretende "desenvolver ações que eduquem a população para o convívio respeitoso com a diferença e a capacidade de reconhecer os direitos civis de todos". "Também propomos normatizar e especificar o conceito de homofobia no âmbito da administração pública e criar mecanismos para aferir os crimes de natureza homofóbica", emenda a nota.
No início do mês, a campanha de Marina divulgou o conjunto de propostas, mas recuou em dois pontos. Um dos pontos que foram cortados do programa de Marina é o apoio ao projeto de lei 122, em tramitação no Legislativo, que equipara o crime de homofobia ao racismo, com a aplicação das mesmas penas previstas em lei.
"Reafirmamos nosso repúdio às declarações de Levy Fidelix e nossa defesa de um Estado laico e da inviolabilidade da privacidade sexual, bem como do respeito ao outro, da beleza da diversidade humana e da justiça da luta por direitos civis, políticos, sociais e sexuais de todos", conclui a Rede..