A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) comentou nesta quarta-feira a denúncia feita por reportagem publicada hoje no jornal O Estado de S. Paulo, de que dirigentes dos Correios afirmaram que a presidente Dilma Rousseff (PT) avançou nas pesquisas pelo trabalho de apoio feito pela estatal à campanha petista em Minas Gerais. Marina disse que o caso é reflexo do sistema de reeleição, que considera "uma chaga neste País". "A reeleição começou de forma errada, com compra de votos, inaugurando o mensalão no Congresso Nacional", disse a ex-ministra em referência à denúncia de compra de voto para aprovar a emenda da reeleição no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
A campanha de Dilma também acusou Marina de andar com "gente da ditadura", em referência ao apoio de Marina ao candidato ao Senado em Santa Catarina Paulo Bornhausen - filho de Jorge Bornhausen, que foi da Arena, partido de sustentação da ditadura. A propaganda também usa imagem de Heráclito Fortes, hoje candidato a deputado federal no Piauí, mas que foi do PFL e que agora "marinou". "As companhias que a presidente tem, com (Fernando) Collor, (José) Sarney, (Paulo) Maluf, Renan Calheiros, Jader Barbalho, essa sim é a verdadeira contradição, a contradição mais profunda que nós podemos encontrar na trajetória de pessoas que deveriam estar honrando essa trajetória", afirmou Marina.