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Pezão lidera disputa para o governo do RJ, diz DatafolhaIbope: Pezão está tecnicamente empatado com GarotinhoPezão e Lindbergh batem boca durante debate da OAB no RJInício de campanha na TV depende de acordo partidárioDatafolha: RJ, Pezão 36%; Garotinho, 25% e Crivella, 22%Cabral deixou o governo no início de abril, com a popularidade em baixa. Não se recuperou do impacto das manifestações de rua de 2013, duramente reprimidas pela Polícia Militar sob seu comando. A campanha de Pezão adotou a estratégia de tirá-lo da campanha e trabalhar a imagem de Pezão como homem humilde. Os adversários têm explorado a proximidade entre o atual governador e seu antecessor. Isso se acentuou sobretudo depois que o peemedebista chegou ao primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.
No debate da Rede Globo, acossado por críticas a Cabral, Pezão manteve a linha de sua campanha. Não respondeu aos ataques a Cabral - que, mesmo ausente, foi um dos protagonistas da noite, pelas críticas que recebeu - e exaltou seu governo. Quando Garotinho lhe perguntou por que os programas sociais que criou foram extintos pelos sucessores (Cabral e Pezão), ouviu uma resposta dura. "Estamos investindo mais do que no governo da Rosinha Garotinho em programas sociais. Construímos o mesmo número de restaurantes que você construiu. Só que a gente não quer explorar a miséria destas pessoas que ficaram 20, 30 anos abandonadas dentro destas comunidades", disse Pezão. Garotinho tem focado áreas populares. Ele defende a volta de programas de seu período de governo (1999-2002), como o Jovens Pela Paz e o Cheque Cidadão.
Dobradinha
Durante o confronto, encerrado na madrugada de hoje, ficou clara a aliança entre Marcelo Crivella (PRB) e Lindbergh Farias (PT). Os dois trocavam perguntas, respostas e réplicas que tinham como alvo o governo estadual e o grupo político comandado por Cabral. Os dois candidatos mantiveram, durante a campanha, relação amistosa. Já tinham se encontrado em outras ocasiões. Desta vez, acertaram a estratégia conjunta antes do debate.
Perto do dia da votação do primeiro turno, Lindbergh e Crivella não devem mudar suas campanhas. Lindbergh investirá em apelos contra um segundo turno "entre Pezão e Garotinho" e tentará atingir os jovens, com apelos às manifestações do ano passado. Ele enfrenta críticas internas na campanha, por ter seguido conselhos da área de marketing e ter evitado ataques mais duros aos adversários, por medo de perder votos. Crivella vai manter a linha de crítica a Cabral, temperada por tiradas irônicas. O postulante do PSOL manterá a crítica aos outros quatro, que chama de "Quatro Cabrais".