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Com tornozeleira, Costa deve chegar ao Rio nesta quarta-feira à tardePaulo Roberto Costa deve deixar cadeia sob monitoramentoFora da Petrobras, Costa recebeu 228 ligações da estatalAdversários exploram declaração de Dilma sobre CostaAdvogada de ex-diretor da Petrobras deixa defesa após delaçãoOs agentes que o escoltaram deixaram o local apôs cerca de 10 minutos. No início da tarde, um agente da PF esteve na casa dele para verificar a segurança do local. A princípio, não haverá policiais de vigilância no condomínio de alto padrão em que ele mora.
O agente da PF, que não quis se identificar, informou que o objetivo da visita era certificar que a empresa responsável pela vigilância privada do local era regularizada. Segundo ele, a empresa deverá auxiliar com informações sobre o preso.
O condomínio de alto padrão em que Costa reside possui duas guaritas de segurança. Apenas em uma delas, na entrada da sua rua, o acesso é vigiado por três câmeras de segurança e margeado por cercas elétricas.
Apesar de toda restrição, o ex-diretor da Petrobras não terá motivos para reclamar do cárcere, como fez em março logo após ser preso na sede da PF em Curitiba. O condomínio é amplo, arborizado e silencioso. As casas têm piscina, grandes jardins e não menos que três carros nas garagens. O fluxo na portaria é de veículos modelo SUVs, além de importados de marcas como Mercedes Benz, BMW e Porsche.
Segundo vizinhos e funcionários, o delator tem a sua disposição três funcionários fixos da casa, como um caseiro, uma faxineira e uma cozinheira. Mesmo com a tornozeleira, ele poderá caminhar pelas áreas internas do condomínio, onde mora no local apenas com a esposa. Suas duas filhas, também investigadas como laranjas das empresas do ex-diretor, moram em apartamentos de alto padrão na orla da Barra da Tijuca.
Costa é réu em dois processos decorrentes da operação Lava Jato. Ele é acusado de integrar esquema que desviou cerca de R$ 10 bilhões da Petrobras e destruir provas, segundo denúncia do Ministério Público Federal.
Em seu acordo de delação premiada, Costa admitiu ter recebido cerca de US$ 23 milhões em propinas, além de ter ajudado a fraudar contratos da Petrobras com empresas fornecedoras que desviavam recursos para políticos e partidos da base aliada do governo federal. Segundo os depoimentos, ao menos 32 parlamentares e um governador receberam recursos desviados dos contratos da Petrobras.
Para ter o benefício da prisão domiciliar, o ex-diretor concordou em pagar R$ 5 milhões em multas, devolver US$ 23 milhões que dispunha em contas no exterior além de devolver um carro que teria recebido do doleiro Alberto Youssef. Em contrapartida, ele aguardará o julgamento em casa por um ano, sem autorização para deixar o local. Ele também poderá ter a pena flexibilizada e ter eventuais novas denúncias arquivadas.