O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, Pimenta da Veiga, lançou nesta quarta-feira, a quatro dias do pleito, seu programa de governo intitulado "Minas Gerais - Terra de oportunidades", que tem educação e infraestrutura como propulsores para o desenvolvimento do Estado. Dentre as propostas, estão a capitalização de ativos ambientais do Estado, como a água, com proposta, inclusive, de vendê-la.
Segundo ele, se eleito, o governo irá financiar quem tratar e proteger suas nascentes. "Nós queremos aumentar a produção de água de Minas Gerais e depois termos os benefícios. Isso pode ser um bem econômico, político, um bem energético, há varias formas de usar a água", comentou. Ele ainda afirmou que a capitalização pode ser em venda da água destas origens. "Se vamos gastar dinheiro para aumentar a água, é evidente que isso vai ter um valor econômico", ressaltou.
Etanol, estatais e orçamento
No programa de governo também consta um item relacionado ao apoio a um projeto de lei do governo do Estado, propondo reduzir para 14% a carga tributária do álcool hidratado (etanol). A Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebeu apenas ontem uma mensagem, em plenária, do governador Alberto Pinto Coelho (PP), que vem apoiando os tucanos, do PL 5.494/14, que prevê que a alíquota de ICMS sobre o etanol passará de 19% para 14%.
Como medida compensatória à redução de alíquota do produto, o projeto propõe a alteração do ICMS sobre a gasolina, que subirá de 27% para 29%. A proposição será analisada pelas Comissões de Constituição e Justiça e de Fiscalização Financeira e Orçamentária.
Perguntado sobre a coincidência, Pimenta disse: "Não quero ter privilégio da ação em especifico, eu quero que essas coisas aconteçam em Minas Gerais. Quanto mais cedo acontecer, melhor", declarou. Com relação à origem dos recursos para colocar as diversas medidas em prática, o candidato do PSDB ressaltou que o programa foi "feito com preocupação fiscal". "Tudo o que está projetado tem origem orçamentária. Em qualquer ponto buscamos fontes orçamentárias", falou.
Questionado sobre o motivo do lançamento do programa só agora - a previsão era 8 de setembro -, Pimenta disse que foi em respeito ao eleitor. "Mas os outros não lançaram. Estamos até sendo pioneiros nisso. O que nós queremos é que as pessoas saibam o que nós pretendemos fazer", enfatizou. O documento teve como coordenador geral o ex-ministro do Trabalho do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) e professor da Fundação Dom Cabral Paulo Paiva e como coordenador executivo, Thiago Bregunci.
Com Agência Estado