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Segundo o coordenador-geral da campanha de Marina, Walter Feldmann, “o PT está mantendo uma lógica cínica e mentirosa para desconstruir a candidata mais consistente para derrubar Dilma Rousseff”. Um dos coordenadores da campanha de Marina, deputado Márcio França (PSB-SP), afirma que, nas pesquisas feitas pelo PSB, está consolidada a vantagem de seis pontos percentuais da ex-senadora sobre Aécio, o que, em termos numéricos, significa 6,5 milhões de votos. “Para nós, não há o que discutir. O que precisamos, agora, é planejar o segundo turno”, provocou.
Embora sem campanha nas ruas hoje, o dia é considerado decisivo por aliados de Aécio. O último debate – à noite, na TV Globo –, é historicamente o que atrai a maior audiência. Além disso, também hoje, será exibido o último programa do horário gratuito. Nos dois, o tucano reforçará a estratégia considerada bem-sucedida por sua equipe de atacar a gestão petista – explorando as denúncias de corrupção – e de associar Marina ao PT. Contra a ex-senadora, Aécio repetirá ainda que, ao mudar de ideia sobre alguns assuntos durante a campanha, como ao retirar o apoio a propostas para a comunidade LGBT, ela não representa uma mudança segura para quem se cansou do governo petista.
Nas ruas hoje, Aécio espera a atuação da militância do PSDB, que, para a campanha tucana, voltou a se entusiasmar com a corrida presidencial. “Nos últimos dias, a campanha pegou fogo. E nós vamos para o segundo turno, pois temos a candidatura que está crescendo”, diz o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice. A outra estratégia é manter o foco no Sudeste. Aécio voltará a Minas no sábado e fará caminhada em cinco cidades da Grande Belo Horizonte.
De acordo com o Datafolha, ele está em terceiro lugar nas regiões metropolitanas do país, com 18% das intenções de voto. O percentual ainda está dois pontos atrás do que tinha antes da entrada de Marina na disputa. Como ele conseguiu recuperar o mesmo percentual, ou maiores, em outros grupos, a campanha acredita que há margem para crescimento. Ao investir em Minas, Aécio tenta ainda recuperar votos que perdeu no estado. De acordo com o Datafolha, em pesquisa feita em 29 e 30 de setembro, a presidente tem 40% das intenções de voto; Marina, 25%; e o tucano, 20%.
Para Paulo Calmon, professor do Instituto de Ciência Política da UnB, “o processo de formação da decisão do eleitor” varia ao longo dos três meses de campanha e a última semana é decisiva. Para ele, a queda de Marina ocorreu por uma série de fatores. “Parte do eleitorado foi impactado pelos ataques do PT e PSDB. Outra decidiu votar em Marina depois da morte de Eduardo Campos, mas acabou mudando de ideia ao conhecer as propostas dela.”