São Paulo - No penúltimo programa eleitoral do rádio, na manhã desta quinta-feira a presidente Dilma Rousseff (PT) fez ataques indiretos aos adversários, com críticas a candidaturas com "promessas vazias", associados ainda ao discurso do "risco do retrocesso".
Na estratégia de associar os rivais à ideia da insegurança e do risco, a campanha petista enumerou ações do governo, em especial nas áreas social e trabalhista. "Neste domingo, não podemos correr o risco de trocar esse Brasil, que está dando certo, por projetos que o passado já provou que não nos servem. Muito menos por promessas vazias", afirmou a presidente.
Com o maior tempo de propaganda (11min24s), o programa também criticou os adversários, destacando que Dilma diz o que vai fazer e como, "bem diferente de outros candidatos com promessas vazias". "Alguns candidatos acham muito fácil falar. Falam uma coisa para um, falam uma coisa para outro...", disse a petista. O horário do PT repetiu ainda a fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já apresentada em outras propagandas.
O programa de Marina retomou a cobrança ao programa de governo de Dilma, única candidata a não apresentar um plano detalhado durante a campanha, além da versão genérica apresentada à Justiça Eleitoral. "Faltam 3 dias para a eleição e a Dilma ainda não apresentou o seu plano de governo", diz um locutor.
Em seguida, a inserção repetiu um discurso recente e emocionado de Marina. "Eu sonhei um dia com coisa muito simples. Sonhei em deixar de ser analfabeta. Eu aprendi a dizer a verdade vivendo a verdade. Nós estamos no segundo turno, escrevam isso", disse a candidata.
Ao fim, o programa pede que os eleitores votem em Marina para a conhecerem melhor no segundo turno, quando os candidatos terão tempos iguais de rádio e televisão. No primeiro turno, Marina teve a menor fatia do horário eleitoral, com 2min3s.
O programa do PSDB deu destaque aos resultados recentes das pesquisas de intenção de voto e mencionou o levantamento do Datafolha, divulgado na terça-feira. "Aécio continua subindo e Marina continua caindo. Agora eles estão coladinhos", dizem os locutores. "E no segundo turno, a distância da Dilma para Marina é a mesma de Dilma para Aécio. Passou o encanto", completam, referindo-se à comoção com a ex-ministra.
"Nós chegamos a este ponto porque esse governo que aí está faz sempre as coisas erradas. O PT se julga dono do Brasil e acha que pode fazer tudo o que quer. Quem tem as condições de encerrar esse ciclo do PT somos nós", afirmou Aécio.