O coordenador reforçou as propostas econômicas de Marina, de retomar a credibilidade da política fiscal, com respeito às metas de inflação e câmbio efetivamente flutuante. "A economia hoje no Brasil vive um verdadeiro descalabro, a ponto de termos um ministro interino", afirmou Feldman sobre o anúncio de Dilma de que Guido Mantega não continuará como ministro da Fazenda em seu eventual segundo mandato. Ele chamou a condução da economia pelo governo atual de instável, insegura e perigosa.
Feldman disse ainda que o Brasil corre um "risco democrático", por causa de medidas do PT como o "questionamento à liberdade de imprensa" - a presidente Dilma defende uma regulação econômica dos meios de comunicação, em uma proposta polêmica e alvo de críticas sobre possível cerceamento à atividade jornalística.
Na sequência, o pessebista aproveitou para emendar críticas às denúncias de corrupção no governo Dilma, em especial envolvendo a Petrobras. Ele repetiu a frase do presidente do PSB, Roberto Amaral, de que um governo Marina não "vai acabar nem em delação premiada nem na Papuda" - referência ao presídio para onde foram levados condenados do mensalão.
O deputado voltou a criticar a estratégia do PT nos programas eleitorais, acusando de usar técnicas nazistas de medo e de infantilizar a política. Para ele, a peça que tratou da autonomia do Banco Central com imagens de comida sumindo da mesa de uma família é algo semelhante ao recurso de falar de bicho papão para uma criança. "É lastimável que o PT tenha chegado nessas condições."
Feldman explicou que, com dois minutos de televisão contra 12 de Dilma, Marina não pôde rebater e apresentar propostas mais detalhadas para o público geral até aqui. De acordo com o coordenador, a campanha pretende na disputa de segundo turno trazer sim propostas econômicas para o programa de TV, apesar de serem temas mais áridos. "Vamos explicar as questões mais fundamentais da economia, para que a população saiba como isso pode interferir em suas vidas", explicou.