Uma semana após voltar para casa no Rio de Janeiro, onde cumpre prisão domiciliar, o ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, terá de retornar a Curitiba para o interrogatório dos acusados na ação penal que investiga desvio de dinheiro em contratos da refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras.
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Costa disse ter recebido US$ 23 milhões da OdebrechtFora da Petrobras, Costa recebeu 228 ligações da estatalAdversários exploram declaração de Dilma sobre CostaEm sua delação premiada firmada com o Ministério Público Federal e homologada pela Justiça, o ex-diretor da Petrobras relatou a existência de um sólido esquema de desvio de dinheiro e corrupção envolvendo contratos da estatal. Costa citou 32 nomes de políticos que, segundo ele, participavam do esquema e recebiam propinas nos contratos firmados com a petrolífera.
Ao decidir colaborar com as autoridades, o ex-diretor aceitou cumprir várias determinações, como devolver U$S 25,8 milhões que possuía em contas no exterior, além de pagar R$ 5 milhões de multa e devolver vários de seus bens adquirido graças às atividades criminosas, como um carro de luxo que ganhou do doleiro Alberto Youssef avaliado em R$ 300 mil. Ele deve ainda cumprir um ano de prisão domiciliar monitorado por uma tornozeleira eletrônica.
Além de Costa, são réus na ação o doleiro Alberto Youssef, acusado de liderar o grupo que desviava dinheiro da estatal ao lado do ex-diretor, e outros oito réus que devem comparecer perante o juiz no próximo dia 8 para o interrogatório da ação, uma das 10 que tramitam na Justiça em consequência da Operação Lava Jato.