A maioria dos contratos fechados pelo então diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, com empreiteiras tinha superfaturamento entre 18% e 20%. Foi o que ele revelou na série de depoimentos ao Ministério Público, segundo a revista Época. A reportagem revela que teve acesso a um contrato de R$ 3,1 bilhões assinado em 10 de dezembro de 2010, entre a Petrobras e um consórcio formado pela Odebrech e pela OAS para construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
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Costa disse ter recebido US$ 23 milhões da OdebrechtFora da Petrobras, Costa recebeu 228 ligações da estatalPaulo Roberto Costa deve deixar cadeia sob monitoramentoJustiça nega acesso à delação de Paulo Roberto CostaPetrobras pagou 17 vezes mais por material, afirma PFAcordo de delação é ampliado para familiares de ex-diretor da PetrobrasAlberto Youssef diz que Lula foi pressionado a indicar Paulo Roberto CostaEx-diretor da Petrobras deixa o Rio para depor sobre contratos da estatalCPI da Petrobras volta a pedir acesso à delação de CostaO ex-diretor contou também aos procuradores do MP que vendia “pacote de serviços” às empreiteiras. Em vez de cobrar propina por contrato, atuava “no atacado para criar uma relação comercial duradoura e profissional”, segundo a reportagem. Costa afirmou que fechou um desses pacotes com Rogério de Araújo, que incluía a refinaria em Pernambuco e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj.