Segundo Lula, o lugar do PT "não é no gabinete". "O lugar do PT é na rua, conversando com o povo, politizando com a sociedade, discutindo os problemas bons e mais com a sociedade", disse.
Lula destacou que Padilha é jovem e tem que continuar em campanha até amanhã. "Estou convencido de que estamos em situação confortável. A Dilma (Rousseff) tem todas as condições de ganhar as eleições. Ainda acreditamos que o Padilha pode disputar o segundo turno em São Paulo", disse.
O ex-presidente lembrou que em 2006, quando ele disputou a presidência com o atual governador Geraldo Alckmin, no segundo turno, ele conseguiu uma vantagem significativa. "Algumas pessoas achavam que o Alckmin ia me passar no segundo turno. Nós conquistamos 12 milhões de votos e ele perdeu três milhões de votos. Porque a coisa fica mais clara, ideológica", disse.
Críticas a Alckmin
Lula voltou a fazer críticas a Alckmin e reconheceu que a oposição na Assembleia Legislativa poderia ser mais atuante. "São Paulo é um estado sui generis. Quem faz política em São Paulo sabe que qualquer governador de Estado é uma personalidade importante do Estado e qualquer Assembleia Legislativa é muito importante em qualquer Estado. Em São Paulo, não", disse.
O ex-presidente disse ainda que Alckmin "é uma figura exótica do ponto de vista político". "Nada é da responsabilidade dele. Tudo que acontece de bom, ele aparece dando um 'pitaquinho'. Tudo que é de ruim ele joga a culpa nos outros", afirmou, citando a crise hídrica em São Paulo.
Segundo Lula, a oposição precisa ser mais dura no combate à política em São Paulo. "(precisamos) fazer mais a política cotidiana para enfrentar (o governo)".