“Para votar eu vejo muito o passado do candidato, acompanho as propostas dele. Depois, ao longo do tempo, faço uma análise da relação entre as propostas que ele apresentou, o que ele realmente executou e o legado que deixou”, explicou o analista judiciário aposentado.
Na seção, Luiz Gonzaga teve problemas na identificação das digitais. Apesar de não usar a biometria, ele destacou que o importante é votar. “Eu votei pelo processo tradicional da urna, que é muito eficiente. Foi rápido e tranquilo. Levei minha colazinha, para não me atrapalhar. Dever cumprido”, disse.
Ao chegar em Brasília no ano de 1959, o potiguar trabalhou na construção do Palácio do Planalto. Ele conta que viu a infância, a adolescência e agora está vendo o amadurecimento da capital brasileira. “Vejo muita evolução na cidade, lembro quando parte dela era só cerrado.”
Entre os eleitores brasileiros, quase 11 milhões têm 70 anos ou mais. Ana Falcão, de 78 anos, também decidiu dar sua contribuição no processo eleitoral. “A princípio eu pensei em não vir, fiquei sem ânimo porque parece que as coisas não mudam. Mas depois vi que seria pior se eu não votasse”, alega a aposentada.
Diferentemente de Luiz Gonzaga e de Ana, o aposentado Edmundo Costa, de 76 anos, preferiu não votar por estar desacreditado com a política brasileira. “Minha mulher ficou com raiva . Ela veio votar, mas eu não tive vontade”, contou o aposentado enquanto aguardava a mulher, nesta manhã, em uma escola no fim da Asa Sul.