A partir dessa condenação, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) indeferiu o registro de candidatura do parlamentar, que recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por 4 votos a 3, o órgão considerou Maluf inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. O deputado recorreu da decisão e o recurso ainda será julgado pelo tribunal.
O otimismo do candidato se baseia em uma decisão inédita monocrática do ministro Henrique Neves da Silva, do TSE, que liberou o registro para a candidatura do deputado federal Newton Lima (PT). O argumento de Maluf é que, se um candidato pode, ele também pode, até porque a defesa de Maluf é baseada nos mesmos argumentos que foram usados por Newton Lima. "Vão aceitar meu recurso", diz.
Um pouco mais contido do que em outras eleições, Maluf chegou para votar por volta das 9h40 da manhã. Acompanhado de assessores, da esposa dona Silvia e do também candidato Guilherme Ribeiro, ele cumprimentou todo mundo e entrou na brincadeira de um programa televisivo. Dias atrás, ele se comparou a Jesus Cristo, dizendo que também era perseguido. "Se Jesus voltar, ele vai dizer: voto no Maluf que foi o melhor prefeito e governador de São Paulo."
Nos corredores da escola, ele entrou na sala onde dona Silvia votou e transformou em festa. Brincou com a esposa perguntando se ela tinha votado nele e deixou o local animado, já pensando em um futuro pleito. "Minha saúde está boa, a dona Silvia já liberou, acho que vou tentar mais umas dez eleições", conclui o candidato de 83 anos, que revelou ter votado em Dilma Rousseff para presidente.