Na seção eleitoral, Pezão precisou de uma "cola" para lembrar dos números de todos os candidatos, mas revelou apenas que votou em Dilma Rousseff (PT) para a presidência, apesar de, no Rio, seu partido ter se aliado a Aécio Neves (PSDB). "O voto é secreto, mas todo mundo sabe que eu votei na Dilma. Tenho um carinho imenso por ela, uma pessoa que ajudou muito o Estado do Rio de Janeiro. Tenho certeza que vamos fazer grandes parcerias no próximo mandato".
Ele ressaltou que durante os debates, os adversários foram "comentaristas das obras prontas" e "não apresentaram nada para a população, só ficaram me atacando". "Eu acho que foi um erro e a população observou isso. A população não gosta (de ataques), quer saber quem vai melhorar a saúde, a educação, quem vai dar uma perspectiva (de melhoria de vida)."
O candidato agradeceu a todos que participaram da eleição, inclusive aos candidatos adversários, e disse que "este é um dos momentos mais felizes da minha vida, de estar terminando nosso oitavo ano de mandato como vice-governador e agora como governador".
Apesar do otimismo, Pezão não quis falar sobre o segundo turno, dizendo que "pesquisa é pesquisa, eleição é eleição". "Meu trabalho é esperar ir para o segundo turno e quando estiver confirmado, me pendurar no telefone e ligar para perturbar todos os outros partidos (para formar as alianças)", brincou. Pezão seguiu para a casa onde morava em Piraí para almoçar com a família. À noite, ele volta para o Rio para acompanhar a apuração em um hotel no Catete, na zona sul.
Pais
Os pais de Pezão chegaram pouco antes das 10h à zona eleitoral. Eles votam na mesma escola que o filho. O casal foi cumprimentado por moradores do bairro que aguardavam do lado de fora da escola. Muito emocionado, o pai de Pezão, Darcy de Souza, de 87 anos, ficou com a voz embargada ao lembrar da infância do filho. "Estou confiante e muito orgulhoso. Para quem era operário, ver o filho chegar onde ele está (é emocionante). Agora é esperar que ele faça um bom governo e ajude o Estado do Rio", disse convicto da vitória do filho nas eleições.