O ministro afirmou ainda que o governo vai continuar defendendo o papel dos bancos públicos no crédito direcionado e disse que é preciso ter um banco público estratégico. "Não vamos ceder na nossa visão sobre o papel do financiamento público. A autonomia operacional do banco central sempre defendemos e praticamos, agora não cederemos na ideia de independência do BC", afirmou, destacando que a crise internacional começou justamente por conta do mercado financeiro. "Essa crise internacional mostrou justamente o contrário, o mundo inteiro está discutindo que um governo democrático precisa ter gestão e regulação sobre o mercado financeiro", disse.
Expectativa
Mercadante avaliou ainda a expectativa para o resultado das eleições deste domingo. Ele afirmou que o cenário mais provável é de realização de segundo turno e que o PT não escolhe adversários. "Os dois têm possibilidades do segundo turno", afirmou, em referência a Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB).
Questionado se Aécio seria um candidato mais fácil de ser combatido pelo PT, Mercadante ressaltou que nas ultimas três eleições o PT derrotou o PSDB. "Temos muito mais argumentos, eles quebraram o País três vezes", disse, em referência a empréstimos no Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele aproveitou para criticar a gestão de Arminio Fraga no Banco Central, apontado por Aécio como seu eventual ministro da Fazenda. Mercadante disse que na época dos tucanos Fraga "não cumpriu o teto da meta da inflação por dois anos", disse.