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Estado de Minas

Campanha de Marina lamenta erros e 1º turno termina com sentimento de frustração

Integrantes da equipe da candidata admitem erro e falam em sentimento de frustração


postado em 05/10/2014 20:37 / atualizado em 05/10/2014 20:51

(foto: Edesio Ferreira/EM)
(foto: Edesio Ferreira/EM)

O clima é de desânimo, frustração e inconformismo no espaço de eventos que foi alugado pela equipe de campanha de Marina Silva para acompanhar a apuração das eleições. Há algumas dezenas de pessoas, a grande maioria ligada ao projeto de partido de Marina, o Rede Sustentabilidade.

O aliado de Marina Célio Turino, ligado aos projetos de cultura da Rede, admitiu que houve erros na campanha. "Foi uma sequência de erros, o programa, a escolha de uma pauta econômica que não tem aderência com a Marina", comentou. "A Marina que disputou não foi a mesma Marina de 2010", disse abatido.

Com 97% das urnas apuradas, Dilma tem 41,29% dos votos válidos, o tucano Aécio Neves 33,89% e Marina 21,5%. Marina chega assim a quase o mesmo desempenho que obteve em 2010, quando alcançou pouco mais de 19% dos votos válidos. Mas, se em 2010 o clima era de festa pelo alcance surpreendente, agora a imagem é de ressaca. "Não acredito nesse povo. Votam no Collor, no Caiado e não votam na Marina", disse uma integrante da Rede em referência ao candidato ao Senado em Alagoas, o ex-presidente Fernando Collor (PTB), e ao candidato ao Senado em Goiás Ronaldo Caiado (DEM). "Estou passada. A gente não ouvia ninguém falar de Aécio. O que é isso? Não sei o que aconteceu", disse outra pessoa do grupo.

Em breve entrevista à reportagem, a porta-voz da Rede em São Paulo, Hádia Feitosa, disse que o sentimento agora é de tristeza. Ela também admitiu que houve erros, mas lamentou que as "mentiras" tenham vencido. "A gente tem muita esperança, a gente acredita num País diferente, melhor, em que a sociedade tome posse da política e o que a gente viu é que o dinheiro que manda", afirmou. Ainda assim, Hádia manteve o tom positivo de que voltará, como já era previsto, o esforço de recolher assinaturas para formalizar a Rede. "A construção continua", concluiu.

 

 


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