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Vice de Marina diz que tem dificuldade em apoiar DilmaMarina acena com apoio para Aécio no segundo turnoEm Belo Horizonte, o candidato do PSDB foi na mesma linha. Também sem citar Marina, afirmou: "É hora de unirmos forças. Minha candidatura não é de um partido político". Em 2010, quando disputou o Palácio do Planalto pelo PV, a ex-ministra preferiu se manter neutra no 2.º turno entre Dilma e José Serra (PSDB).
Nesse domingo, Aécio fez afagos explícitos à ex-ministra, mas disse que não tinha conversado com ela. O tucano reiterou os elogios feitos pela manhã, ao votar na capital mineira. "Tenho enorme respeito pessoal pela ex-ministra, mas não posso antecipar apoio."
O candidato do PSDB iniciou sua fala destacando os ideais de Campos. "Quero deixar uma palavra de homenagem a um homem público honrado, que foi abatido por uma tragédia no meio dessa campanha, o Eduardo. Seus ideais e seus sonhos têm a minha deferência", disse.
Interlocutores do tucano tentarão se aproximar de Renata Campos, viúva de Campos, para que ela faça uma ponte com a candidata do PSB. "Tenho um enorme respeito por ela (Renata), mas não tenho nenhum encontro marcado. Sou muito cauteloso em relação a isso", desconversou Aécio.
Programa
Apesar da sinalização, Marina disse que os partidos da coligação vão se reunir nos próximos dias para tomar uma decisão oficial. O anúncio deve acontecer até a próxima sexta-feira. "O programa é a base de qualquer diálogo neste segundo momento", afirmou.
Segundo ela, o documento que apresentou à sociedade - e que foi alvo de diversas críticas tanto de petistas quanto de tucanos - "é coerente com outro caminho, com outra maneira de caminhar".
O posicionamento de Marina, que foi filiada ao PT por mais de duas décadas, surpreendeu aliados mais próximos. Antes de a ex-ministra chegar ao local onde fez seu pronunciamento oficial, na zona oeste da capital paulista, a maioria apostava que ela anunciaria a neutralidade na disputa, a exemplo de 2010.