Na primeira eleição depois das manifestações de junho de 2013, quando os eleitores pediram mudança na política, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais terá uma das menores taxas de
Outro que entrou foi o vereador peemedebista Iran Barbosa. O ex-secretário de Saúde, Antônio Jorge, conseguiu uma vaga pelo PPS. Muito criticado pelos parlamentares quando ocupou a pasta – eles alegavam que ele invadia as bases e trabalhava com sua atuação para se tornar parlamentar – Jorge conseguiu 92,8 mil, ficando em quarto lugar do blocão dos partidos aliados da atual gestão no Palácio da Liberdade.
Entre os parentes, foi eleita Celise Laviolla (PMDB), que é cunhada do ex- vice presidente da Assembleia, deputado José Henrique, o mais votado do PMDB em 2010 e morto no ano passado. A irmã do presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro (PP), também conseguiu uma vaga, porém com votação bem menos expressiva que a do irmão. Ione Pinheiro (DEM) teve 81,9 mil votos, praticamente metade dos 159,4 mil de Dinis, neste ano candidato a vice-governador na chapa derrotada do ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB). Também conseguiram mandatos os filhos do prefeito de Mariana, Celso Cotta, o estreante Tiago Cotta (PPS), e do ex-presidente do Legislativo, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Mauri Torres, Tito Torres (PSDB). O filho do deputado Antônio Gernaro, Leandro Genaro (PSB), é outro que vai substituir o pai o partir do ano que vem.
Do PR, foi eleito o ex-subsecretário de Relações Institucionais do governo de Minas e presidente municipal do partido, Leonardo Portela, também filho do deputado federal Lincoln Portela. A irmã do vereador Wellington Magalhães, Arlete Magalhães, foi eleita pelo PTN.
Entre os novatos, foram eleitos o médico Jean Freire e o advogado Cristiano Silveira, pelo PT. A bancada do PDT também fez um novato, o empresário Nozinho. Pelo PP, entra Felipe Attiê e pelo PR chega à Casa Arnaldo. O PSC conseguiu eleger dois novos deputados, Douglas Melo da Musirama e Noraldino Junior. Na cota de novos nomes, entram ainda Ricardo Faria, pelo PCdoB e Emidinho Madeira e Fábio Avelar, do PTdoB. Do PTN, entra Roberto Andrade. Já pelo PHS entrou Dirceu Ribeiro e, do PMN, Isauro Calais.
Dois dos três deputados mais votados contribuíram para puxar outros candidatos com eles. Com 130 mil e 127 mil votos, respectivamente, Mário Henrique (PCdoB) e Leandro Genaro (PSB) possibilitaram que dois correligionários entrassem também na Assembleia de acordo com as regras de votação proporcional. Ricardo Faria e Celinho do Sinttrocel, ambos do PCdoB, juntos somaram quase metade dos votos de Mário Henrique. No PSB, Wanger Borges e Lerin foram os eleitos. Com 70,8 mil votos, Fred Costa possibilitou a vaga de Dirceu Ribeiro, companheiro na chapa da coligação Sou Mais Minas e deputado eleito com menor número de votos – 25.394.
Entre os atuais parlamentares da Assembleia, o mais votado foi Paulo Guedes (PT), com 164,8 mil votos. Ele conseguiu superar o atual deputado mais votado, o presidente da Assembleia, deputado Dinis Pinheiro (PP). Além de estar na coligação vitoriosa de Fernando Pimentel, o parlamentar teve a seu favor o fato de ter concorrido à Prefeitura de Montes Claros em 2012.
O político quase dobrou o número de votos em relação à eleição de 2010, quando teve 92,7 mil. Ao desempenho, ele credita sua dedicação à responsabilidade social e a humildade típica do Norte de Minas. Apelidado na época do colégio de “vampiro brasileiro”, por causa das falhas na arcada dentária, Guedes diz que sua carreira política teve início logo depois que o pai pagou-lhe um tratamento dentário e ele conseguiu sorrir. “Não posso esquecer meu passado. Sempre estive presente no parlamento e dediquei muito tempo à minha região”, afirma.