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Dilma e Aécio vão para o 2º turno em disputa acirradaVice de Marina diz que tem dificuldade em apoiar DilmaMarina acena com apoio para Aécio no segundo turnoO jornal francês analisa que Aécio terá como desafio converter para a sua candidatura os votos de Marina Silva (PSB), que obteve 21,29% da preferência do eleitorado. Na reportagem, o jornal lembrou que Aécio Neves fez nesse domingo um apelo ao partido de Marina Silva para unir forças contra a candidatura de Dilma Rousseff. No entanto, apontou que a pessebista ainda não declarou apoio para o segundo turno, decisão que, segundo ela, será tomada após discussão com sua “família política”.
O Financial Times preferiu destacar a candidata Marina Silva, com foto, na manchete do site. No espaço que o jornal britânico deu a Marina, ela culpa “a velha política” pela derrota eleitoral.
"Desencantamento"
O The New York Times relacionou a arrancada de Aécio ao "desencantamento" dos eleitores com o PT, enquanto o britânico The Guardian avaliou que, mesmo com o desejo de mudança do brasileiro, Dilma foi beneficiada por seu programa de distribuição de renda - o Bolsa Família.
A publicação americana destacou que a eleição brasileira este ano é uma das mais disputadas desde que a democracia foi restabelecida no País, na década de 1980. A reportagem apontou que a disputa entre Dilma e Aécio sugere que, apesar do fortalecimento de uma terceira via com Marina Silva (PSB), a polarização entre os dois partidos pode se tornar ainda mais acentuada.
"Os dois representam ideologias rivais, com Dilma defendendo um capitalismo de Estado e Aécio defendendo que o papel do Estado na economia deve ser reduzido", disse o jornal. Segundo o NYT, apesar do humor nacional com o governo Dilma, sua campanha foi impulsionada por políticas que focaram a preservação de empregos e os benefícios sociais.
O The Guardian também avaliou que Dilma "surfou na onda" de programas como o Bolsa Família. "O programa de distribuição de renda da presidente parece ter rendido frutos, deixando-a em uma apertada liderança no pleito", disse a publicação, sem detalhar que o programa já existia antes de a petista assumir o governo.
O jornal comentou ainda o desempenho de Marina, que chegou a liderar as simulações de segundo turno, mas que nas urnas ficou em um "distante" terceiro lugar com 21,3% dos votos, "quase o mesmo resultado de quatro anos atrás". "A batalha esquerda-direita entre os dois maiores partidos é uma decepção para aqueles que esperavam a mudança por meio da ex-ministra Marina Silva", afirmou a publicação.