Brasília - Apesar da pressa inicial de sair para a primeira agenda de viagens nesta segunda-feira, 06, em Salvador, a presidente Dilma Rousseff resolveu cancelar a ida à Bahia, que estava marcada para às 14 horas. A viagem tinha sido acertada em reunião na noite deste domingo, 05, no Palácio da Alvorada. A coordenação de campanha está agora reunida no Alvorada, desenhando a agenda dos próximos dias e fechando a programação de viagens. Mas a reunião com os governadores, nesta terça-feira de manhã, está confirmada.
Na reunião com os governadores nesta terça-feira, a presidente vai pedir que mesmo os reeleitos não se desmobilizem, não fechem seus comitês completamente, apelando que trabalhem pela sua reeleição no Estado. Dilma acha que consegue melhorar sua performance em muitos destes Estados. O foco da presidente Dilma, como no final da campanha, será assegurar a vantagem sobre Aécio Neves, em Minas Gerais, onde não quer perder um só voto, e conta com um importante aliado, que é o governador eleito pelo PT, Fernando Pimentel, seu amigo pessoal. A campanha vai dar atenção especial também ao Rio de Janeiro e São Paulo, onde obteve a metade dos votos de Aécio, além dos Estados do Sul. No Nordeste, o foco é Pernambuco, onde Dilma conseguiu 44%, mas foi ultrapassada por Marina, que obteve 48%. Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma quer conseguir reverter os votos dos pernambucanos a seu favor.
A ideia inicial da presidente era dar uma parada para um freio de arrumação de pelo menos um dia, para retomar com força a campanha nos Estados. Mas, ontem à noite, assustados com a votação expressiva de Aécio, resolveram combinar com o governador da Bahia, Jacques Wagner, a viagem para agradecer a votação expressiva no Estado, de 68%, contra 18% de Aécio. Mas, em uma nova avaliação, na manhã de hoje, Dilma e seus coordenadores de campanha resolveram discutir melhor, inclusive porque precisam começar a gravar os novos programas eleitorais a serem exibidos a partir da semana que vem no rádio e na TV. Ainda não está fechado onde isso acontecerá, mas a presidente quer subir nos palanques em que o PT vai estar polarizando com o PSDB e trabalhar em Estados onde precisa melhorar a votação, como Santa Catarina.