O governador eleito Fernando Pimentel (PT) disse na manhã desta segunda-feira que qualquer que seja o candidato a presidente eleito no segundo turno terá “obrigação de ter um bom relacionamento" com o futuro chefe do Executivo federal. A declaração de Pimentel veio na sequência de uma explicação sobre o apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, não será o governador eleito que fará campanha, mas o “cidadão Fernando Pimentel, que tem partido e apoia Dilma”. Apesar de petista e amigo da presidente, desde o tempo de militância contra a ditadura militar, Pimentel , em 2008, se uniu ao então governador Aécio Neves, concorrente de Dilma neste pleito, para apoiar a eleição do hoje prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB).
Pimentel também disse que estão confirmados para integrar a equipe de governo apenas aqueles que estiveram com ele desde quando era Prefeito de Belo Horizonte. Sem citar nomes, o governador acrescentou que, fora isso, não há nada definido. "Daí por diante é especulação”, arrematou. Ele apenas adiantou que nenhuma mudança será feita “de forma abrupta”, em especial nas estatais, muito menos a indicação política terá peso maior que o perfil técnico na designação para os cargos na futura administração do estado.
Pimentel também afirmou que irá conceder os reajustes salariais acordados pelo atual governo, com vigência para o ano que vem. Ele também informou que a criação dos conselhos regionais, uma das promessas na campanha, será “a primeira questão a ser enfrentada”. O petista disse que falta apenas definir como implantar esses conselhos – que atuarão como fóruns, com representantes do governo e da sociedade civil, e autonomia para acompanhar execução de obras e participar na elaboração de políticas públicas. O futuro governador de Minas explicou que ainda não está claro se os conselhos virão por via de um projeto de lei, que precisa de aprovação da Assembleia, ou por um decreto do governo.
Promessas
Pimentel também disse que, antes de assumir e conferir qual é a real situação financeira do estado, não poderá definir prazos para o cumprimento das promessas feitas durante a campanha. Mas assegurou que cumprirá todas elas dentro do prazo de quatro anos do mandato. Entre as promessas, citou o piso nacional para os professores, as construções de hospitais e centros de especialidades médicas regionais, além da ampliação do número de policiais militares.
ICMS
Pimentel também reafirmou o compromisso de mudar as alíquotas cobradas no ICMS no estado. Durante a campanha, ele chamou a atual tributação de “obsoleta” e um das das mais caras do país para diversos setores. Pimentel disse que vai ampliar a base de recolhimento, lembrando que atualmente apenas três empresas _ Petrobras, Fiat e Cemig-, correspondem por um terço da arrecadação desse imposto no Estado.