O presidente do PT, Rui Falcão, antecipou nesta terça-feira, 7, quais devem ser os argumentos do partido para enfrentar o embate do segundo turno contra o PSDB. Ele afirmou que a "presidenta Dilma Rousseff não tem nenhuma acusação de corrupção contra ela", ao ser questionado sobre como o PT reagiria a acusações de corrupção pelo PSDB.
Falcão listou casos de corrupção envolvendo administrações regionais do PSDB, especialmente em Minas Gerais, Estado governado por tucanos por 12 anos, incluindo o candidato à Presidência Aécio Neves. "Somos os únicos que apresentamos propostas concretas de combate à corrupção. Inclusive, se essas propostas existissem, não teria (ocorrido) o mensalão tucano em Minas, o vice-governador de Aécio se afastando para não ser condenado (ex-senador Clésio Andrade)", disse. "Não teria o Eduardo Azeredo (ex-governador pelo PSDB) nem o patrimonialismo de ter um aeroporto feito com recursos públicos para sua própria família operar", observou, em referência ao aeroporto de Cláudio (MG), instalado em uma fazenda desapropriada da família Neves.
O presidente do PT comparou números sobre ações conduzidas pela Polícia Federal, durante os governos petista e tucano na esfera federal. "A presidenta Dilma não tem uma nódoa, uma acusação de corrupção que a envolva. Ela combateu a corrupção como o Lula combateu também, com 1.280 operações da Polícia Federal, contra 40 do período FHC", disse.
Falcão também avaliou a derrota de Dilma em São Paulo, onde Aécio venceu com uma margem maior de votos em relação ao desempenho de José Serra, em 2010. Segundo ele, o PT vai se reunir para entender sua situação no Estado. O presidente do PT, contudo, rebateu questionamento sobre como o partido se sente perdendo em seu Estado. "O PT não é um partido paulista, embora ele tenha sua origem lá", disse.