Entidades do agronegócio buscam uma aproximação com os dois candidatos à Presidência da República que disputarão o segundo turno para ouvir de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) um posicionamento claro sobre as demandas dos diferentes segmentos que compõem o setor.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Fábio Meirelles, disse que a entidade estuda um segundo contato com as equipes dos dois candidatos para aprofundar a discussão iniciada ainda durante o primeiro turno, quando a Faesp lançou o livro "Rumo ao futuro do campo", com propostas em 10 áreas para o desenvolvimento do agronegócio e chamou representantes de Dilma, Aécio e da candidata do PSB, Marina Silva, para apresentar suas ideias sobre o setor. "É necessário o aprimoramento das políticas públicas agropecuárias", destacou Meirelles. Ele salientou que agora produtores buscarão avaliar o que cada candidato propõe para temas relevantes, como o seguro agrícola. "Precisamos de uma política de seguro muito clara e objetiva", frisou.
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, disse que a entidade convidará os dois candidatos para um encontro com as lideranças do cooperativismo em Brasília na semana que vem, a fim de ouvir o que ambos pensam sobre as ideias apresentadas no documento "Propostas do Sistema OCB à Presidência da República 2015-2018". "O que nós esperamos agora é interlocução", salientou Freitas. Segundo ele, uma das principais demandas é a formulação de iniciativas plurianuais para o agronegócio. "Temos que ter uma visão de longo prazo para o negócio agrícola", salientou. "Você precisa ter um processo que dê segurança no médio e longo prazo."