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Mesmo com eleição já decidida, Freixo considera campanha vitoriosa no RioRio: Freixo diz que as urnas podem surpreenderDilma reconhece que não teve voto em São PauloDeputados se dividem em plenário entre Dilma e AécioEnquanto não chega a uma conclusão, o PSOL-RJ comemora o bom desempenho na eleição de domingo, 5, que firmou o Estado como principal reduto do partido. Terceiro maior colégio eleitoral, o Rio terá, a partir de 2015, três dos cinco deputados federais do PSOL.
Entre os 12 deputados estaduais do PSOL eleitos, cinco são fluminenses. Os eleitores do Rio também deram uma votação surpreendente ao candidato do partido a governador, Tarcísio Motta, que alcançou 8,92% dos votos válidos, apenas um 1,08 ponto porcentual atrás do petista Lindbergh Farias. No Rio de Janeiro, Luciana Genro alcançou a maior proporção de votos, 2,72%, enquanto no resultado geral teve 1,55%.
A grande votação dos deputados federais Chico Alencar e Jean Willys permitiu a eleição de mais um parlamentar para a Câmara, Cabo Daciolo, bombeiro preso em 2011 por ser um dos líderes da greve da categoria. Com isso, a bancada federal do PSOL passou de três para cinco deputados.
"Ocupamos um lugar de esquerda no Rio que o PT ocupou no passado. O fato de o PT ter ido para o governo de Sérgio Cabral, do PMDB, o desgaste do ex-governador permitiu que ocupássemos um lugar que disputamos no Brasil inteiro", diz o presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo.
Chico Alencar também aponta o vácuo deixado pelo PT como uma das razões para a boa votação do PSOL. "Além disso, nós tentamos ser uma esquerda atualizada, contemporânea, com uma pauta LGBT, a defesa de uma nova política de drogas", diz Chico, quarto deputado federal mais votado do Rio, com quase 196 mil votos. Jean Wyllys, que teve pouco mais de 13 mil votos em 2010, mas foi eleito graças à votação expressiva de Chico, alcançou agora 144,7 mil votos.
Marcelo Freixo conquistou mais de 350 mil eleitores. O PSOL, que elegeu dois deputados estaduais no Rio em 2010, passou para cinco eleitos. "O PSOL construiu uma forma de fazer política que tem identidade com o Rio de Janeiro. Fizemos a campanha toda sem doação de empreiteiras, de empresários de ônibus, com muita colaboração de pessoa física. Nosso programa foi debatido com vários setores da sociedade, tivemos uma transparência enorme na internet e nenhum militante pago. Além de forte engajamentos dos jovens. Muitos deles convenceram os pais a votar no PSOL. O Rio de Janeiro tem o lado conservador e o lado transgressor, é uma mistura o tempo inteiro", diz Freixo.
Ao mesmo tempo que deu ao parlamentar do PSOL o recorde de votos para Assembleia Legislativa, o Rio de Janeiro teve como campeão de votos para a Câmara o deputado Jair Bolsonaro (PP), um dos poucos políticos brasileiros que não tem vergonha de dizer que é "de direita".