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Apesar de não ser parte desse processo, ou seja, não ser citada como ré ou beneficiada, a Petrobras argumenta ser "parte interessada", por ter sido objeto de desvios e ações ilícitas, teria direito a acessar os documentos.
O ex-diretor não poderá permanecer calado, como fez em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga no Congresso as denúncias de corrupção na Petrobrás.
Entretanto, o depoimento pode ser adiado se a defesa de Paulo Roberto Costa solicitar, o que não aconteceu até o momento. O advogado que representa o ex-diretor, João Mastieri, afirmou que iria conversar nesta quarta com o juiz Sérgio Moro sobre o tema.
Também citados nas investigações da Operação Lava Jato referentes à refinaria de Abreu e Lima, os sócios Márcio Bonilho e Murilo Barrios, solicitaram o adiamento da audiência. Ambos são empresários ligados ao Grupo Sanko, que teria participado do esquema de desvios de recursos da refinaria por meio de contratos superfaturados.
Segundo os advogados dos empresários, os depoimentos seriam prejudicados pois não houve tempo hábil para acessar os laudos técnicos sobre os desvios de recursos.
O pedido, entretanto, foi negado. De acordo com o Sérgio Moro, responsável pela ação, "não se justifica suspender o interrogatório apenas para aguardar eventual manifestação da defesa sobre o laudo". O juiz afirmou ainda que "o processo é uma marcha para frente e não se justifica sustá-lo sem um motivo concreto".