Com quase 45 minutos de atraso, a CPI mista da Petrobras abriu na manhã desta quarta-feira, 8, a sessão para ouvir o depoimento de Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef. Meire já relatou, segundo a revista Veja, que o doleiro, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, circulava com "malas e malas de dinheiro" em esquema de lavagem de dinheiro que teria como destino políticos do PT, PMDB e do PP.
O pedido da comissão para ouvi-la foi aprovado no dia 17 de setembro. Na mesma ocasião, o colegiado também havia aprovado requerimento para ter acesso à cópia dos depoimentos de Meire Poza à Justiça Federal do Paraná.
Nos bastidores, Meire tem dito que vai contar o que sabe sobre o envolvimento de políticos com Youssef. Logo após o primeiro turno das eleições, a sala da CPI está lotada de parlamentares, assessores políticos e jornalistas.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) chegou a questionar o vice-presidente da CPI, senador Gim Argello (PTB-DF), sobre o atraso e cobrou a abertura dos trabalhos - marcada originalmente para começar às 10h15.
Segundo ele, para se ouvir uma depoente, é preciso apenas da presença do presidente e do relator da CPI e mais um parlamentar - exigência cumprida. Foi aí que Gim abriu a sessão, justificando que o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), teve dificuldades para vir da Paraíba para Brasília.