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Movimento 'Aezão' continua no 2º turno, afirma PezãoNo Rio, Pezão e Crivella articulam aliançasRadical de esquerda é agora 'guru político' de CrivellaNo RJ, Pezão tem 56% e Crivella, 44%, aponta DatafolhaNa disputa do RJ, Igreja Universal e Cabral são alvosCrivella critica 'palanque hermafrodita' no RioLuiz Fernando Pezão também tentou ao máximo vincular a imagem de Crivella ao fundamentalismo religioso e à IURD. Sempre que se referia ao concorrente, o fazia como "senador bispo Crivella", e afirmou que o oponente, enquanto ministro da Pesca, só nomeou pessoas ligadas à Universal.
Crivella negou e rebateu: "Na inauguração do Templo de Salomão, você estava lado a lado comigo. Mas você é assim mesmo: uma hora é Dilma e outra, Aécio", disse o senador, em referência ao apoio pessoal que o peemedebista diz ter à candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) enquanto o partido no Rio apoia Aécio Neves (PSDB) desde o começo da campanha, no que ficou conhecido como "Aezão".
Crivella focou suas críticas no que classificou como desorganização e falta de investimento do governo estadual em áreas como segurança e saúde, além de bater muito na tecla da corrupção na gestão Cabral/Pezão, e repetidas vezes lembrar do episódio em que secretários estaduais foram fotografados em um restaurante de Paris com guardanapos na cabeça.
O candidato do PRB, mais uma vez, provocou gargalhadas na plateia. Primeiro ao afirmar que, nas ruas, "o povo tem chamado Pezão de 'Penóquio'". Depois, Pezão "provocou" o adversário ao dizer que até a mãe de Crivella queria votar no atual governador. "Ela disse que queria mesmo, mas eu disse: 'Mãe, ele é um bom filho, um bom moço, mas, mamãe, vamos orar por ele. Votar não, mas orar por ele", disse, despertando risadas da plateia e de Pezão. O governador continuou: "O voto é secreto e tenho certeza que, na urna, ela te traiu".
Ao fim do debate, Crivella afirmou que recebeu o voto da mãe: "Até porque pago empregada para ela. Quem não paga para a mãe é o Pezão", disse, em referência às propagandas do governador nas quais ele afirma orgulhoso que a mãe "nunca teve empregada até hoje".
Apoio
O pastor Silas Malafaia reiterou ao fim do debate que vai apoiar o tucano Aécio Neves no segundo turno da eleição para a Presidência da República. "Eu apoiaria qualquer um, menos a Luciana (Genro, do PSOL), para tirar o PT do poder." O pastor afirmou que vai fazer campanha por Aécio na comunidade evangélica, principalmente na internet, mas que não chamará o tucano para nenhuma agenda: "Até porque não tenho tempo pra isso". Na eleição para o governo do Rio, Malafaia disse ser contra Crivella, mas ainda não decidiu se apoiará Pezão, o que só deve anunciar na sexta-feira ou na segunda.