A candidata do PSOL à Presidência no primeiro turno, Luciana Genro, afirmou nesta quarta-feira que é muito cedo para falar em planos para 2018, mas se colocou à disposição do partido para se candidatar novamente. "Se for chamada em 2018 para disputar a Presidência, aceitarei com muito prazer", disse. "Não faço política como carreira nem em busca de cargos. Vou continuar a minha atividade política."
Ao detalhar a posição do partido no segundo turno, Luciana ressaltou que "a partir da negação do Aécio (Neves, PSDB), o partido libera seus filiados". "Não é neutralidade, mas a posição não se alinha a nenhum dos dois", acrescentou, referindo-se ao tucano e à candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT).
Ao ser questionada se a posição não seria um apoio velado a Dilma, Luciana negou. "Não existe apoio sem se dizer que está apoiando. Algum dirigente do PSOL pode dizer que apoia a Dilma e a direção do partido autoriza essa possibilidade. Mas o partido não está apoiando", afirmou. Luciana avaliou que o Brasil passa por uma situação "muito delicada", correndo o risco de prejudicar mais os trabalhadores. "Isso é um risco real e iminente, independente de qual dos dois vençam as eleições. É importante as lutas sociais seguirem", disse. Segundo ela, para os eleitores do PSOL, a situação do momento não pode parecer natural.