O presidente do PT-RJ, Whashington Quaquá, também deu seu apoio ao candidato do PRB, afirmando que ele é "íntegro, limpo e tem compromisso com os pobres". Segundo Quaquá, a posição da Executiva Estadual do partido pela neutralidade no segundo turno, liberando a escolha dos filiados, foi um pedido da direção nacional para "não dar pretexto para o Aezão". "Quem (do PT) está com o Pezão já estava traindo a gente antes, no primeiro turno. Nós abrimos mão de um apoio formal (ao Crivella), atendendo a interesses da campanha da Dilma, e viemos aqui como dirigentes. 90% do partido está com Crivella. O PT não tem vergonha de estar com o Crivella", disse Quaquá.
Lindberg afirmou que não fez pedidos ao candidato e disse que gravaria nesta quarta uma participação para o programa eleitoral de Crivella. "A gente veio aqui sem pedir nada. A grande tarefa é acabar com o ciclo do PMDB no Estado. Vou juntar a militância e subir no palanque do Crivella", disse Lindberg, que teve apenas 10% dos votos e ficou em quatro lugar, depois de Pezão, Crivella e Anthony Garotinho (PR), que já declarou apoio ao candidato do PRB.
Sobre o apoio da maioria dos prefeitos petistas a Pezão, Lindbergh afirmou que isso é resultado do "peso da máquina" do governo estadual. Dos dez prefeitos do PT no Rio, apenas um estaria com Crivella, o próprio Quaquá, que é prefeito de Maricá. "Não recebo há cinco meses repasses do governo do Estado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA)", afirmou o presidente do PT-RJ.
A mulher dele, Zeidan, foi a deputada estadual mais votada do partido no Estado na eleição de domingo. Além de Quaquá e Zeidan, apenas outros dois deputados do PT participaram do ato em apoio a Crivella, que reuniu cerca de 150 pessoas no auditório da Associação Comercial do Rio. Havia principalmente militantes petistas de Campo Grande, na zona oeste, vestidos com camisetas iguais do partido. Antes da fala de Crivella, o grupo gritava: "Festa na favela; no segundo turno, é Dilma e Crivella."