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Estado de Minas

Esquema de propinas da Petrobras financiou campanha do PT, PP e PMDB

Paulo Roberto Costa revelou à Justiça que dinheiro de superfaturamento de contratos da estatal foram usados na eleição de 2010


postado em 08/10/2014 22:02 / atualizado em 08/10/2014 22:26

Em depoimento à Justiça nesta quarta-feira, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, revelou que pagou propinas a três partidos políticos “grandes” – o PT, o PMDB e o PP – para financiar a campanha eleitoral das siglas em 2010.

Costa foi preso na Operação Lava Jato, que investigou esquema de lavagem dinheiro na estatal que teria movimentado R$ 10 bilhões. Além do ex-diretor, participaram do esquema, segundo a Polícia Federal, o doleiro Alberto Youssef e construtoras. Costa decidiu revelar os detalhes das fraudes em troca de redução da pena.

Paulo Roberto Costa contou que ocupou o cargo na estatal após ser indicado pelo ex-deputado José Janene (PP-PR), em 2004. Ele tinha como missão montar um esquema de pagamento de propinas para políticos. Sobre a divisão da propina, o ex-diretor revelou que os 3% de superfaturamento sobre o valor líquido dos contratos  eram divididos entre ele e os partidos políticos.

Durante cerca de duas hora de depoimento, o ex-diretor ainda apontou o nome de outros três diretores da Petrobras que teriam participado do desvio de dinheiro das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Entre os citados está o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, de quem Costa afirma ter recebido R$ 500 mil.


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