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Camargo Corrêa
No caso específico da empreiteira Camargo Corrêa, Youssef revelou que sua propina era de 10% sobre todo produto comprado e que repassava comissões para executivos da própria empresa.
"Da Camargo Corrêa foi 10%, de cada venda. De outras empresas menos". Questionado pelo magistrado sobre os pagamentos de comissão aos próprios diretores, ele respondeu que estava dentro de seu porcentual.
Cartel
O doleiro também listou dez grandes construtoras do País como integrantes de um "cartel" montado para fraudar as licitações da Petrobras por intermédio de Paulo Roberto Costa e pagar propina a políticos do PT, PMDB e do PP. Afirmou ainda que diretores das empresas tinham comissionamento sobre o esquema.
"Era entregue uma lista que iam participar no certame (licitação) e já era dito quem ia ser o vencedor. Era uma lista repassada pelo Paulo Roberto Costa. Logo que iam existir os convites era passada a lista", explicou o doleiro a um dos procuradores da Operação Lava Jato em depoimento à Justiça Federal.
As empresas citadas foram: Camargo Corrêa, OAS, UTC, Odebrecht, Queiroz Galvão, Toyo Setal, Galvão Engenharia, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior e Engevix. Todas elas pagam 1% nos contratos feitos com a diretoria de Abastecimento e de 2% a 5% nos termos aditivos de contratos.
Youssef acusou especificamente a Odebrecht e a Toyo por pagamentos de comissão feitos no exterior. Ele apontou ainda o vice-presidente da Camargo Correa e um diretor por receberem comissão também pelos contratos fraudados.
As empresas citadas já negaram anteriormente qualquer relação comercial com Youssef e negam irregularidades nos contratos.