O vice-presidente da República, Michel Temer, que é o presidente nacional do PMDB, afirmou por meio de sua assessoria que a legenda não vai se manifestar sobre esse caso. A reportagem falou ao telefone com o primeiro vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), que comandou a sigla nos últimos anos, enquanto Temer estava afastado das atividades partidárias. Ele disse não ter lido as notícias sobre o depoimento de Paulo Roberto Costa e que não teria nada para dizer sobre o assunto.
Ciro Nogueira disse ainda que, na época em que teriam ocorrido os fatos relatados por Costa, ele não presidia o PP. Afirmou que recebeu, nesta quinta, um telefonema de seu antecessor, o senador Francisco Dornelles (RJ). "Ele me disse que todas as prestações de contas do partido estão aprovadas pelo TSE ", afirmou Nogueira.
Questionado sobre as irregularidades atribuídas por Costa a indicados pelo PP para ocupar cargos na Petrobrás, Nogueira disse que quem fez essas indicações não foi Dornelles, mas sim o falecido deputado federal José Janene. "Infelizmente, ele não está aqui. Faleceu."
O presidente do PP considera o vazamento do depoimento de Costa parte de uma estratégia para atingir determinados políticos e proteger outros. Ele disse que a divulgação do conteúdo que está repercutindo nos veículos de comunicação foi fruto de um "vazamento seletivo".
"Vaza só o que quer. Deveriam investigar o vazamento. E quem não foi vazado? Está protegendo alguém? Defendo que se abra logo tudo", disse Nogueira.