São Paulo – O deputado licenciado Walter Feldman, que coordenou a campanha presidencial de Marina Silva (PSB), relativizou a questão da quantidade de demandas apresentadas pela ex-ministra para definir um possível apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. “Não tem nenhum sentido acreditar que qualquer partido político, qualquer candidatura que não tenha ido ao segundo turno, tenha autoridade para fazer o seu programa valer”, afirmou.
Pessoas próximas a Marina têm dito que a questão da maioridade seria essencial para ela, enquanto interlocutores tucanos indicam que seria um ponto inegociável para Aécio. Feldman, por sua vez, diz que a conversa não se dá nesses termos.
Questionado sobre o motivo da demora de Marina em se posicionar – os partidos que a apoiaram já deram suas posições e a própria Rede já indicou voto nulo ou em Aécio –, Feldman repetiu que ela aguarda um contato do candidato do PSDB e que o compasso da decisão depende agora dos tucanos. O deputado disse também que é normal Marina se posicionar depois dos partidos. “Ela é a síntese de todo o processo político que revestiu aquele caminho que denominamos de terceira via.”
DIRETÓRIO
O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, informou ontem, por meio de nota, que a manutenção da reunião do diretório nacional que elegerá a nova cúpula do sigla na segunda-feira atende aos interesses do partido. Os diretórios estaduais do Amapá e Alagoas pediram o adiamento da reunião com o argumento de que a sucessão precisaria ocorrer num momento menos tumultuado, depois do segundo turno. “Esta presidência reconhece a legitimidade dos pedidos dos diretórios estaduais do Amapá e de Alagoas, e outros apelos chegados oralmente com vistas ao adiamento da reunião de nosso diretório nacional, convocada, nos termos estatutários, para o próximo dia 13 do corrente, com a finalidade de eleger a Comissão Executiva Nacional que dirigirá os destinos de nosso partido no próximo triênio", disse o presidente da sigla em nota.
“Entende, porém, que a manutenção de sua convocação é o que, nas condições, melhor atende aos interesses do partido e neste sentido indefere referidos pedidos, mantendo os termos do edital convocatório já publicado”, completou a nota. A ala do PSB de Pernambuco articula a substituição de Amaral pelo atual secretário-geral da legenda, Carlos Siqueira.