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Papéis apreendidos com Costa apontam ação de doleiro em outras áreasDepoimentos de doleiro e de ex-diretor da Petrobras deixam Planalto em clima tensoChinaglia: delação de doleiro é 'vazamento seletivo'Contadora abre livro de doleiro Alberto YoussefDefesa do doleiro Alberto Youssef quer acareaçãoBase manobra e depoimento do doleiro à CPI é adiado'Perdi tudo', diz primeiro denunciante da Lava JatoO arquivo no computador do doleiro também coloca sob suspeita a versão da estatal, uma subsidiária da Petrobras, de que desconhecia a ligação de duas de suas sócias no empreendimento da usina com a CSA.
O documento tem data de janeiro de 2007 e o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ocorreu em outubro daquele ano. Movida a óleo combustível e com capacidade total de fornecer 350 MW para a refinaria, Supae II previa investimento de R$ 590 milhões.
O consórcio vencedor foi formado pela MPE Montagens e Projetos Especiais, BR Distribuidora, Ellobras Infra-Estrutura e Participações, Genrent Participação Ltda. e Genpower Energy Participações.
A Ellobras e a Genpower são controladas pela CSA, empresa de Janene e Youssef. As duas somam 40% das cotas do consórcio. As outras três tinham 20% cada, incluindo a BR. Após 40 dias, Ellobras e Genpower negociam com um outro consórcio de infraestrutura a venda de seus 40% na termelétrica. A CSA e uma instituição financeira levaram cerca de 3% do valor bruto da transação.
Em 2011, a Petrobras assumiu o controle da termelétrica, depois de o consórcio ter deixado o controle da concessão.
Em agosto passado, quando a denúncia da Procuradoria foi divulgada, informando que a BR Distribuidora tinha sido sócia de duas empresas ligadas à CSA, a estatal negou a parceria com a Ellobras e Genpower. "Desconhecemos haver qualquer relação da Ellobras e Genpower nesse negócio da termelétrica Suape II, com a empresa CSA Project Finance, relacionada ao sr. Alberto Youssef", dizia a nota.
Representantes
Para os investigadores, a análise nos computadores de Youssef comprovaria que a própria CSA elaborou a minuta do termo de confidencialidade com a BR Distribuidora. No documento, que não está assinado, constam um representante da estatal e um da empresa.
De acordo com a PF, o texto diz que as partes acordam que "iniciarão relacionamento comercial envolvendo aspectos operacionais estratégicos de suas atividades (...) deverão trocar informações confidenciais sobre dados, pesquisas, estratégia, resultados financeiros, segredos comerciais e similares, de forma oral, escrita, ou eletrônica, de propriedade e interesse, conforme o caso, da CSA e da BR". A Petrobras foi procurada e não respondeu à reportagem.