Ribeirão Preto - O coordenador financeiro da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição, Edinho Silva, classificou o embate eleitoral no segundo turno entre a petista e o candidato da oposição, Aécio Neves (PSDB), como "uma guerra" e "um vale tudo", numa referência ao uso, pelo tucano, da divulgação de depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef - os quais apontaram propinas pagas por empreiteiras em obras da Petrobras ao PT, PMDB e PP - partidos da base aliada do governo.
"Abriu-se uma guerra e temos de enfrentá-la, pois estão criando um vale tudo sem precedentes e o exemplo disso é como o depoimento (de Costa e Youssef) foi parar na imprensa", afirmou.
Ainda segundo Silva, "a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Procuradoria Geral da República deveriam se posicionar" sobre a divulgação e o uso das denúncias envolvendo a Petrobras e o governo pela oposição. "Caso contrário, vai se criando um padrão de manipulação perigoso para todas as próximas eleições. Fico preocupado com o que vai acontecer com o futuro eleitoral", concluiu.