O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta segunda-feira, em entrevista coletiva em Curitiba, que ainda não sabe qual será o papel do PMDB em um eventual governo tucano. "Sinceramente, nem pensei nisso. A minha relação é com as forças políticas que estão no nosso entorno. Estou extremamente honrado com os apoios que tenho recebido desde que saiu o resultado das urnas", disse o tucano.
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Reconciliação
Aécio também fez duras críticas à administração do PT. Para ele, o estado do Paraná sofreu com a política "mesquinha" do governo federal nos últimos anos. "Serei o presidente que reconciliará o governo federal com o Paraná".
Aécio elogiou muito a atuação do senador Alvaro dias na oposição. Disse que Dias foi firme em apontar os defeitos do governo e que os brasileiros agora percebem o que foi feito na Petrobras.
Ele criticou ainda a falta de programa de governo de Dilma e disse que "a candidata oficial" é um salto no escuro. Aécio questionou ainda a capacidade da petista para retomar a credibilidade da economia brasileira.
Marina
Aécio falou ainda do apoio de Marina Silva, declarado nesse domingo. Ele disse que é possível que os dois se encontrem ainda esta semana. Depois de dizer que o acordo de Marina não era apenas eleitoral, mas para "o futuro", Aécio esclareceu que a declaração não quer dizer que haverá uma participação da ex-senadora em seu governo.
"A forma como a Marina veio honra a boa política brasileira. Não pediu absolutamente nada, não insinuou absolutamente nada em relação a cargos. Estamos fazendo algo muito maior", disse o candidato. O tucano afirmou ainda que, caso ficasse fora da disputa do segundo turno, não tem dúvidas de que estaria ao lado de Marina.
Depois de adiar a decisão por uma semana, Marina declarou ontem apoio a Aécio Neves. Antes dela, separadamente, Aécio já havia recebido o apoio de seu partido, o PSB, e da família do ex-governador Eduardo Campos.
O candidato à Presidência chegou ao centro de convenções na Zona Oeste de Curitiba acompanhado dos correligionários Beto Richa e Álvaro Dias, reeleitos governador e senador pelo Paraná, além do senador eleito em São Paulo, José Serra.