Reunidos com o vice-presidente Michel Temer, nesta segunda-feira, 13, em São Paulo, prefeitos peemedebistas do Estado anunciaram apoio à reeleição de Dilma Roussef (PT), mas defenderam a adesão ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno da eleição governamental. Eles criticaram o candidato do próprio partido, Paulo Skaf, que não compareceu. "A candidatura do PMDB não estava comprometida com o partido. Ele (Skaf) nem falava com os prefeitos", criticou o prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri. "Eu estou aqui, veja se ele está", acrescentou.
O ministro do Aviação Civil, Moreira Franco, também criticou Skaf de forma indireta. Em seu discurso ele se referiu ao "PMDB de algumas semanas atrás, indefinido, em que as coisas não estavam claras, e agora aqui, unido com Temer e Dilma". Durante toda a campanha no primeiro turno, Skaf evitou manifestar apoio à petista.
O presidente do PMDB estadual, deputado Baleia Rossi, disse que Skaf não compareceu porque já havia agendado um almoço com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, no mesmo horário. O nome do segundo colocado na eleição estadual não foi citado nos discursos nem para justificar a ausência. "O PMDB não é uma pessoa e a grande maioria está aqui", disse Rossi. A assessoria de Skaf confirmou a agenda com Lewandowski e informou que o empresário não comentaria as críticas dos prefeitos.
O encontro reuniu cerca de 400 militantes numa churrascaria, na zona leste da capital, entre prefeitos, vices, deputados eleitos e suplentes, além de dirigentes regionais do PMDB. A lista dos presentes não estava disponível ao final do evento. O candidato derrotado ao Senado por São Paulo, ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) fez discurso de apoio a Dilma. O coordenador da campanha estadual do PMDB, Luiz Antonio Fleury Filho, compôs a mesa mas não falou no evento.
A presidente Dilma Rousseff gravou um vídeo em que cita os investimentos do governo federal no Estado e pede apoio "para que as conquistas dos brasileiros de São Paulo não sejam interrompidas". Também presente, o ministro da Agricultura, Neri Geller (PMDB) criticou a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, nova aliada do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, por ter perseguido os produtores rurais com multas ambientais.