A presidente Dilma Rousseff ironizou nesta segunda-feira, 13, a proposta do senador Aécio Neves (PSDB) de, se eleito, apoiar o fim da reeleição e citou as denúncias de compra de votos durante a votação da emenda constitucional que permitiu que os chefes de Executivo concorressem a um mandato consecutivo.
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Na TV, Dilma critica Armínio e Aécio explora inflaçãoComeça rodada decisiva de debates entre Aécio e DilmaDilma elogia proposta popular de constituinteCarvalho reconhece distanciamento da classe médiaEm 1997 o Congresso Nacional aprovou uma emenda que permitiu que o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) concorresse a um segundo mandato. À época, parlamentares foram acusados de receber propina para apoiar a proposta.
Hoje, Dilma disse que aceita discutir a hipótese de acabar novamente com a reeleição, mas cobrou mais precisão de seu adversário e disse que é preciso saber "em quais condições" isso seria feito.
"Quero saber que negociação está por trás dessa questão da reeleição. É uma negociação entre os tucanos? É uma negociação para aumentar (o mandato) para cinco (anos) e depois prorrogar?", disse.
Ela alegou que ninguém consegue fazer "um governo efetivo" em apenas quatro anos. Questionada se com cinco anos isso seria possível, Dilma respondeu: "pode ser, eu não sei. Por isso eu quero saber em que condições".
"Eu aceito discussão, mas eu não aceito discussão em que não estejam claros todos os termos da frase. Tem de ter sujeito, predicado, verbo, objeto direto. Quero saber a quem interessa", concluiu a presidente.