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Aliança com Aécio é circunstancial, diz líder do PSBPSB elege Carlos Siqueira presidente e nova ExecutivaSem a presença de Amaral, PSB discute novo comandoLei não permite participação de Amaral em programa do PTNova direção do PSB destaca apoio a Aécio NevesCarvalho reconhece distanciamento da classe média"O PSB precisa emprestar ao novo governo as perspectivas de um projeto que aprofunde as conquistas sociais das últimas décadas e uma proposta de desenvolvimento político e social que corresponda às potencialidades de nosso País, o que pode ser conferido à aliança exatamente do mesmo modo que o pouco de sal que se acrescenta ao prato lhe confere o sabor, em sua inteireza", concluiu.
Ao membros do Diretório Nacional, Siqueira lembrou que o PSB elegeu 34 deputados federais, três senadores e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. "Esses números e as propostas programáticas já oferecidas ao candidato da coligação que passamos a integrar são nossas credenciais", reforçou.
Siqueira destacou as "lideranças jovens" do partido e citou o filho de Eduardo Campos, apontado como seu herdeiro político. "Não pode passar despercebido a ninguém que há em João Campos não apenas a habilidade para a política própria a seu pai, mas especialmente uma certa qualidade de benignidade, que distingue os homens que amam e respeitam o povo", afirmou.
Terceira via
Ausente do encontro do Diretório Nacional do PSB realizado nesta segunda-feira, 13, em Brasília, o ex-presidente da legenda Roberto Amaral assinou manifesto que sacramentou o racha interno e a criação de uma nova via.
O documento foi lido no encontro pela senadora Lídice da Mata (BA) que também coletou apoio de outros 13 integrantes da legenda. "É um documento daqueles que não votaram pró-Aécio, reafirmando o seu posicionamento e constituindo um novo campo, uma renovação política e ideológica do PSB. É uma terceira via pregando a continuidade de a gente não se definir nem pelo PT nem pelo PSDB, não só agora como também numa futura composição de governo", afirmou a senadora ao Broadcast Político.
"Consideramos que a decisão da comissão Executiva Nacional foi eleitoral e episódica e não fala para a política, a esquerda e o socialismo renovador. Insistimos na denúncia desse dualismo e permanecemos unidos na construção de uma terceira via que ofereça ao povo efetivas condições de escolha", diz trecho do manifesto. Na última sexta-feira, 10, o PSB aderiu à campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB) após chegar em terceiro colocado na disputa com Marina Silva. Ligado ao PT, Amaral ficou isolado e não conseguiu se reeleger ao comando nacional do PSB.
Além de Amaral, também assina o documento a deputada Luiz Erundina (SP) que chegou a declarar na semana passada que a adesão à campanha de Aécio seria uma atitude "vexatória". Ela também não participou do encontro desta segunda-feira e ficou de fora da chapa que elegeu a nova composição da Executiva Nacional.
"A relação ficou estremecida com certeza mas é um momento de transição e tínhamos que escolher um presidente que não teria problemas internos", considerou o governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB).
Os dirigentes do PSB estão reunidos nesta noite em uma missa pelos dois meses da morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. A missa reúne a viúva do político, Renata Campos, e seus cinco filhos na Paróquia Militar São Miguel Arcanjo em Brasília. Amaral não está presente.