O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou, nesta terça-feira, 14, para uma plateia de cerca de 400 trabalhadores rurais ligados à Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em Carpina, na zona da mata pernambucana, para eles "não se envergonharem quando forem chamados de ladrões" pela candidatura adversária do tucano Aécio Neves. "Não somos ladrões, somos gente honrada que faz política para mudar", afirmou ele, ao pedir também para não se impressionarem com "o clima de ódio" da campanha tucana.
Carvalho pregou mobilização popular para avançar com o congresso eleito - conservador - num eventual segundo governo Dilma. "Tem que ter mobilização e reforma política que acabe com a maldição do financiamento empresarial de campanha que é fonte de corrupção, inclusive dos nossos partidos", reconheceu.
No ato, uma reunião do conselho deliberativo da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape), com a presença da Contag, da Confederação dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi aprovado, por unanimidade, o apoio à reeleição da presidente Dilma e um voto de aplauso ao ex-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, que dissentiu da decisão partidária de apoiar Aécio. Em todos os discursos dos sindicalistas, a tônica foi a necessidade de ir para as ruas, disputar o voto casa a casa, sítio a sítio, para impedir o retorno "da elite e do retrocesso politico" e garantir as mudanças sociais e econômicas dos governos petistas.
Gilberto Carvalho reiterou a importância de uma vitória no Nordeste e, "em particular, em Pernambuco" e informou que no próximo dia 21, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma estarão em Pernambuco - no sertão e na capital, Recife.
E, nesta semana, pelo menos outros quatro ministros estarão visitando a região: Carlos Eduardo Gabas, da Previdência, Ideli Salvatti, dos Direitos Humanos, Ricardo Berzoini, das Relações Institucionais, e Miriam Belchior, do Planejamento.
Carvalho observou ainda que eles virão em finais de semana ou que, como ele, estão "queimando férias" para trabalhar na campanha.