À frente de um grupo de cinco colegas de partido, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), tem reunião marcada para essa quarta-feira, 15, com o presidente do PSB paulista, deputado Márcio França, e outros quatro socialistas, para dar continuidade às negociações para a fusão. A intenção dos dirigentes das duas legendas é esperar o segundo turno da eleição para depois fechar as negociações. O novo partido poderá manter o nome de PSB ou passar a se chamar PS40, que é o número de registro do partido do ex-governador Eduardo Campos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Nós decidimos esperar a decisão final para depois da eleição para não atrapalhar a campanha de Aécio Neves, que é candidato apoiado tanto do PSB quanto do PPS", disse Roberto Freire. Ele foi procurado hoje de manhã por Márcio França, pelo prefeito do Recife, Geraldo Júlio, eleito primeiro secretário do PSB, e por Fernando Bezerra Coelho, senador eleito por Pernambuco. Conversaram sobre a necessidade de avançar nas negociações, para que o novo partido possa se consolidar o mais rapidamente possível.
"O PSB e o PPS têm uma identidade muito forte.
O PPS foi o primeiro partido a oferecer legenda à ex-ministra Marina Silva logo depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar registro ao partido dela, o Rede Sustentabilidade. Mas Marina optou por entrar no PSB, ser a candidata a vice de Eduardo Campos e assumir o lugar deste logo depois da morte do ex-governador. O PPS fez aliança com o PSB, apoiou Campos e depois Marina. Depois do primeiro turno, foi um dos primeiros partidos a se aliar a Aécio Neves, caminho que foi seguido pelo PSB..