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Estado de Minas

PSB e PPS estão em ritmo adiantado de fusão


postado em 14/10/2014 18:19 / atualizado em 14/10/2014 19:51

O PSB e o PPS estão em ritmo adiantado de fusão. As conversas sobre a união dos dois partidos começaram antes mesmo de Eduardo Campos lançar sua candidatura a presidente da República, mas foram suspensas depois da morte do ex-governador, em agosto. As discussões sobre essa ideia foram retomadas depois da derrota da ex-ministra Marina Silva no primeiro turno da eleição presidencial. Caso venham mesmo a se fundir, PSB e PPS formarão a quarta maior bancada da Câmara que toma posse em fevereiro do ano que vem, com 45 deputados, atrás apenas de PT, PMDB e PSDB.

À frente de um grupo de cinco colegas de partido, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), tem reunião marcada para essa quarta-feira, 15, com o presidente do PSB paulista, deputado Márcio França, e outros quatro socialistas, para dar continuidade às negociações para a fusão. A intenção dos dirigentes das duas legendas é esperar o segundo turno da eleição para depois fechar as negociações. O novo partido poderá manter o nome de PSB ou passar a se chamar PS40, que é o número de registro do partido do ex-governador Eduardo Campos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Nós decidimos esperar a decisão final para depois da eleição para não atrapalhar a campanha de Aécio Neves, que é candidato apoiado tanto do PSB quanto do PPS", disse Roberto Freire. Ele foi procurado hoje de manhã por Márcio França, pelo prefeito do Recife, Geraldo Júlio, eleito primeiro secretário do PSB, e por Fernando Bezerra Coelho, senador eleito por Pernambuco. Conversaram sobre a necessidade de avançar nas negociações, para que o novo partido possa se consolidar o mais rapidamente possível.

"O PSB e o PPS têm uma identidade muito forte. A fusão será programática, devido à semelhança dos programas. Terá também um pouco de pragmatismo porque nos dará uma bancada grande e forte, a quarta da Câmara", disse Freire. Ele afirmou ainda que a fusão, por enquanto, é negociada apenas entre os dois partidos. Mas existem informações de que o PEN, que elegeu dois deputados, e o PHS, com cinco, também podem entrar nas negociações. Este último fez parte da coligação que apoiou a candidatura de Eduardo Campos e Marina Silva ao Planalto.

O PPS foi o primeiro partido a oferecer legenda à ex-ministra Marina Silva logo depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar registro ao partido dela, o Rede Sustentabilidade. Mas Marina optou por entrar no PSB, ser a candidata a vice de Eduardo Campos e assumir o lugar deste logo depois da morte do ex-governador. O PPS fez aliança com o PSB, apoiou Campos e depois Marina. Depois do primeiro turno, foi um dos primeiros partidos a se aliar a Aécio Neves, caminho que foi seguido pelo PSB.


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