Amaral, que foi ministro da Ciência e Tecnologia do governo Luiz Inácio Lula da Silva ao mesmo tempo em que Dilma era ministra da Casa Civil, disse que vai "pedir voto" para ela em viagens que fará ao Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro, nos próximos dias. "Vou pedir voto para ela onde eu puder", declarou o ex-ministro, ao comentar que encontrou a presidente "com ânimo maravilhoso". Dilma, ontem, por sua vez, criticou a adesão do PSB a Aécio Neves, dizendo que Miguel Arraes não concordaria com isso. Amaral não quis falar de seu futuro político, acrescentando apenas que "estava tranquilo".
Mais tarde, quando a reportagem o procurou novamente, em razão das declarações do presidente do diretório estadual do PSB em Minas Gerais, deputado Júlio Delgado, que disse que Amaral, pela sua posição, não tem condições de permanecer no PSB, Roberto Amaral se irritou e limitou-se a responder: "Eu não respondo para porta-voz". Amaral não quis falar sequer do que pretende do seu futuro político e apenas repetiu que não iria comentar o assunto.
Jantar
Ainda na noite de segunda-feira, depois de se encontrar com a presidente Dilma, Amaral foi jantar com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, que, segundo ele, lhe apresentou dados "animadores" dos trackings da campanha em relação à presidente. "Mesmo depois do final da campanha do primeiro turno, das denúncias envolvendo a Petrobras e do apoio da Marina Silva, ela ainda se conservava à frente de Aécio Neves.
Amaral citou ainda que a animação com a campanha aumentou com a divulgação da pesquisa Vox Populi, na noite de ontem, mostrando que a presidente Dilma tem 51% das intenções de voto, contra 49% de Aécio Neves. "Ela ainda está na frente com tudo isso. É muito bom", comemorou..