O ex-presidente do PSB Roberto Amaral reuniu-se na noite de ontem com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada. Amaral declarou seu voto à petista, mesmo contra a decisão do seu partido, que decidiu apoiar o tucano Aécio Neves. "Foi uma conversa de velhos e queridos amigos, quando eu renovei meu apoio à candidatura dela", declarou Amaral, avisando que não tratou com a presidente sobre a situação de seu partido, o PSB, ou sobre partidos em geral, "porque não cabia".
Mais tarde, quando a reportagem o procurou novamente, em razão das declarações do presidente do diretório estadual do PSB em Minas Gerais, deputado Júlio Delgado, que disse que Amaral, pela sua posição, não tem condições de permanecer no PSB, Roberto Amaral se irritou e limitou-se a responder: "Eu não respondo para porta-voz". Amaral não quis falar sequer do que pretende do seu futuro político e apenas repetiu que não iria comentar o assunto.
Jantar
Ainda na noite de segunda-feira, depois de se encontrar com a presidente Dilma, Amaral foi jantar com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, que, segundo ele, lhe apresentou dados "animadores" dos trackings da campanha em relação à presidente. "Mesmo depois do final da campanha do primeiro turno, das denúncias envolvendo a Petrobras e do apoio da Marina Silva, ela ainda se conservava à frente de Aécio Neves. Isso é motivo de comemoração", observou.
Amaral citou ainda que a animação com a campanha aumentou com a divulgação da pesquisa Vox Populi, na noite de ontem, mostrando que a presidente Dilma tem 51% das intenções de voto, contra 49% de Aécio Neves. "Ela ainda está na frente com tudo isso. É muito bom", comemorou.